Menopausa:
hora de reflexão
Menopausa
é o nome dado à última menstruação da vida da mulher. acontece, geralmente, em
meio a uma série de alterações hormonais e físicas, trazendo incômodo, dúvidas
e, principalmente, muitos riscos à saúde. Por este motivo, em todos os anos,
por todo o planeta, 18 de outubro é destacado como o Dia Mundial da Menopausa; uma data criada para alertar as mulheres
para os principais sintomas desta etapa de suas vidas, orientando-as a procurar
um especialista assim que eles começarem a aparecer.
Mais
de 10 milhões de mulheres brasileiras podem estar sofrendo os sintomas da
menopausa. Então, atenção é a palavra de ordem. Quanto antes o médico puder
avaliar a mulher e, juntos, decidirem pela melhor forma de tratamento, antes
ela terá de volta qualidade de vida e muito mais tranquilidade para atravessar
esta fase.
Nem
todas as mulheres sofrem estes sintomas, mas pelo menos 70% delas terão algum
desconforto neste período da transição menopausal. Calorão, irritabilidade,
insônia e até mesmo depressão estão relacionados à falha hormonal. Outros
sintomas, menos específicos, também podem aparecer, como o aumento de dores em
geral. Isso acontece por conta de uma provável alteração da sensibilidade à
dor.
Com
o passar dos anos, a porcentagem de mulheres afetadas cai, chegando a menos de
50% após cinco anos dos primeiros sintomas. No entanto, o que mais preocupa os
médicos, além do grande desconforto sofrido pelas mulheres, são o aumento do
risco cardiovascular, principalmente para a doença coronariana; e a alta
incidência da osteoporose, que atinge 30% das mulheres após a menopausa.
Procurar um especialista aos
primeiros sintomas é extremamente importante nesta fase, que é de grande perda
de massa óssea. Os tratamentos, inclusive, são muito mais eficazes se iniciados
precocemente. O acompanhamento médico também servirá para a prevenção das
complicações cardíacas e das outras condições de saúde.
A população feminina representa hoje 51,5% dos
brasileiros, segundo o IBGE, correspondendo a cerca de 96 milhões de mulheres.
Pouco mais de 15% do total, ou quase 15 milhões de mulheres, têm idades entre
50 e 70 anos. É
neste período que provavelmente acontecerá a menopausa, que é a última
menstruação. Já o climatério é todo o período de transição da mulher da fase
com capacidade reprodutiva para a fase em que essa capacidade deixa de existir.
Em geral, o climatério acontece dos 40 aos 65 anos, aproximadamente, mas pode
variar a cada caso.
O
período é marcado pela interrupção da produção hormonal dos ovários, ausência
de ovulação e carência de estrogênio – principal hormônio sexual feminino.
Todas
estas alterações trazem os chamados sintomas menopáusicos ou climatéricos, que
incluem as ondas de calor ou fogachos, fadiga, irritabilidade e mau humor. Se
não tratados adequadamente, estes sintomas podem afetar atividades
profissionais e relacionamentos afetivos, piorando substancialmente a qualidade
de vida.
Outro
problema comum nesta fase é a perda de lubrificação vaginal – que depende de um
bom nível de hormônios – comprometendo também a vida sexual. A indicação da
terapia de reposição hormonal (TRH) depende de diversos fatores e só pode ser
feita por um médico, após a análise detalhada da paciente. Para isso, serão
levados em conta exames clínicos e laboratoriais. Além da TRH, diversos outros
tratamentos, inclusive não hormonais, poderão ser indicados, assim como
orientações sobre estilo de vida e alimentação, que ajudam e muito.
Algumas
dicas importantes às pacientes: evitar o ganho de peso, adotar alimentação não
gordurosa e balanceada, praticar atividade física regular, evitar álcool e café
em excesso, abandonar o tabagismo e tratar adequadamente as doenças
concomitantes. Assim, a mulher viverá mais e melhor.
Maria
Celeste Wender, presidente da Associação Brasileira de Climatério - SOBRAC
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