Os
malefícios do tabagismo na gravidez
Não existem dados
sobre a prevalência do tabagismo entre as gestantes no Brasil; nos Estados
Unidos, dados de 2004 mostram uma prevalência de 18%, sendo dos 15 aos 17 anos
esta taxa sobe para 26%
No
momento em que uma mulher fumante descobre que está grávida, é muito importante
que ela se esforce imediatamente para parar com o hábito, a fim de prevenir
complicações na gestação e consequências para o futuro bebê.
Segundo
a dra. Maria Vera Castellano, coordenadora da Comissão de Tabagismo da
Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT), seria melhor ainda se a
mulher parasse de fumar antes mesmo de engravidar.
“Existem
estudos que mostram que este grupo é mais consciente de que o tabagismo
representa risco para a saúde fetal e tendem a permanecer como não fumantes
após o parto. Das que param de fumar ao engravidar, cerca de 70% têm recaída e
voltam a fumar nos seis primeiros meses após o parto.”
O
acompanhamento após o parto é essencial para a manutenção da abstinência
alcançada na gestação. Dra. Maria Vera explica que a gravidez é uma fase em que
a mulher se encontra muito motivada a parar de fumar, já que existe grande
preocupação com a saúde do bebê.
“Caso
ela perceba que não consegue parar de forma espontânea, as opções
medicamentosas são muito restritas devido à possibilidade de toxidade fetal. Os
estudos na área apontam que só deve ser usado o adesivo, pastilhas e goma de
mascar de nicotina, sempre com muito cuidado, e ainda assim somente se
necessário”, reforça.
Prejuízos para o
bebê
“O
tabagismo materno prejudica o desenvolvimento do feto que, frequentemente sofre
de retardo de crescimento e nasce com menor peso. Há também uma maior
frequência de natimortos – maior mortalidade dos bebês; síndrome da morte
súbita; malformações congênitas, como fissura labial e palatina; maior
prevalência de asma; otite média aguda e crônica e alteração do aprendizado”,
lista dra. Maria Vera.
Conforme
a especialista, o cigarro pode afetar o desenvolvimento do feto de várias
outras formas, mas talvez a mais importante é a ação vasoconstritora da
nicotina, levando a uma contribuição menor de oxigênio e nutrientes ao feto.
“O
tabagismo materno também reduz o suprimento de leite materno”.
Complicações
gestacionais
Os
problemas da gestação relacionados ao cigarro abrangem maior ocorrência de
parto prematuro; abortos; gravidez ectópica (fora da cavidade uterina) e placenta prévia (quando está implantada no colo do útero).
Embora
a prevalência do tabagismo esteja diminuindo no Brasil, existe uma tendência de
aumento entre as mulheres jovens. Além das consequências na gestação, existem
outras específicas para as mulheres, como o aumento das chances de osteoporose,
infertilidade e de câncer de colo de útero.
Campanhas
Conforme
a dra. Maria Vera, não existem ações do governo específicas sobre a questão do
tabagismo na gestação, embora nos maços de cigarro haja imagens alusivas a este
tema.
“As
campanhas educativas muitas vezes enfocam mais os riscos para os homens e ainda
há mulheres que não relacionam o tabagismo às complicações da gestação. É
importante que sejam criadas ações específicas, voltadas às mulheres como um
todo e, em especial, às grávidas, já que o custo benefício em relação à saúde
materno-fetal é significativo”, finaliza.
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