sexta-feira, 22 de junho de 2012

Os malefícios do tabagismo na gravidez





Os malefícios do tabagismo na gravidez





Não existem dados sobre a prevalência do tabagismo entre as gestantes no Brasil; nos Estados Unidos, dados de 2004 mostram uma prevalência de 18%, sendo dos 15 aos 17 anos esta taxa sobe para 26%



No momento em que uma mulher fumante descobre que está grávida, é muito importante que ela se esforce imediatamente para parar com o hábito, a fim de prevenir complicações na gestação e consequências para o futuro bebê.



Segundo a dra. Maria Vera Castellano, coordenadora da Comissão de Tabagismo da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT), seria melhor ainda se a mulher parasse de fumar antes mesmo de engravidar.



“Existem estudos que mostram que este grupo é mais consciente de que o tabagismo representa risco para a saúde fetal e tendem a permanecer como não fumantes após o parto. Das que param de fumar ao engravidar, cerca de 70% têm recaída e voltam a fumar nos seis primeiros meses após o parto.”



O acompanhamento após o parto é essencial para a manutenção da abstinência alcançada na gestação. Dra. Maria Vera explica que a gravidez é uma fase em que a mulher se encontra muito motivada a parar de fumar, já que existe grande preocupação com a saúde do bebê.



“Caso ela perceba que não consegue parar de forma espontânea, as opções medicamentosas são muito restritas devido à possibilidade de toxidade fetal. Os estudos na área apontam que só deve ser usado o adesivo, pastilhas e goma de mascar de nicotina, sempre com muito cuidado, e ainda assim somente se necessário”, reforça.



Prejuízos para o bebê



“O tabagismo materno prejudica o desenvolvimento do feto que, frequentemente sofre de retardo de crescimento e nasce com menor peso. Há também uma maior frequência de natimortos – maior mortalidade dos bebês; síndrome da morte súbita; malformações congênitas, como fissura labial e palatina; maior prevalência de asma; otite média aguda e crônica e alteração do aprendizado”, lista dra. Maria Vera.



Conforme a especialista, o cigarro pode afetar o desenvolvimento do feto de várias outras formas, mas talvez a mais importante é a ação vasoconstritora da nicotina, levando a uma contribuição menor de oxigênio e nutrientes ao feto.



“O tabagismo materno também reduz o suprimento de leite materno”.



Complicações gestacionais



Os problemas da gestação relacionados ao cigarro abrangem maior ocorrência de parto prematuro; abortos; gravidez ectópica (fora da cavidade uterina) e placenta prévia (quando está implantada no colo do útero).



Embora a prevalência do tabagismo esteja diminuindo no Brasil, existe uma tendência de aumento entre as mulheres jovens. Além das consequências na gestação, existem outras específicas para as mulheres, como o aumento das chances de osteoporose, infertilidade e de câncer de colo de útero.



Campanhas



Conforme a dra. Maria Vera, não existem ações do governo específicas sobre a questão do tabagismo na gestação, embora nos maços de cigarro haja imagens alusivas a este tema.



“As campanhas educativas muitas vezes enfocam mais os riscos para os homens e ainda há mulheres que não relacionam o tabagismo às complicações da gestação. É importante que sejam criadas ações específicas, voltadas às mulheres como um todo e, em especial, às grávidas, já que o custo benefício em relação à saúde materno-fetal é significativo”, finaliza.



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