HC alerta pais para riscos
relacionados ao ronco infantil
O ronco nas crianças é comum e pode revelar
alergias, infecções e alterações na arcada dentária
Nem sempre percebido pelos pais, o ronco
infantil é extremamente comum e pode indicar uma série de problemas. Mais do
que um eventual incômodo para quem está por perto, o ronco pode representar
perda na qualidade do sono e aumento nos níveis de estresse da criança.
O ronco está presente em crianças
principalmente de 2 a 9 anos que sofrem de obstrução das vias aéreas por
motivos como alergias, infecções respiratórias prolongadas ou até mesmo pelo
uso excessivo de chupetas. Com a obstrução, a criança passa a fazer, ao dormir,
a respiração bucal, o que ocasiona o ronco e algumas vezes provoca até mesmo a
suspensão da respiração (apneia).
De acordo com a pediatra do Hospital das
Clínicas da FMUSP, ligado à Secretaria de Estado da Saúde, Filumena Gomes, as
crianças alérgicas a poeira, por exemplo, podem sofrer alguma obstrução por
conta do aumento dos tecidos internos do nariz. Nesse caso, o ronco passa a ser
crônico. “Na fase de 2 a 9 anos, quando ocorre o aumento dos tecidos das
amígdalas e adenoides, são comuns as infecções, gripes e resfriados. Por conta
disso as crianças passam a realizar, nesse período, a respiração bucal e,
consequentemente, a roncar”, afirmou a especialista.
Outro problema que passa desapercebido
pelos pais e pode causar ronco nas crianças é o uso excessivo de bicos.
Chupetas, mamadeiras e até mesmo o dedo levado à boca em crianças com mais de
um ano podem trazer problemas sérios. A arcada bucal pode ser alterada,
tanto na estrutura óssea e dentária quanto na musculatura e na postura da língua.
Por isso, os pais devem ficar atentos se seus filhos roncam. Caso isso ocorra
constantemente, é preciso procurar o pediatra, para evitar que o problema se
agrave.
“Usar
chupetas, mamadeiras e o dedo na boca durante muito tempo pode prejudicar a
estrutura bucal da criança. Ao dormir a língua deve ficar posicionada encostada
no céu da boca para que a respiração ocorra de maneira adequada”, enfatizou a
Pediatra do HC.
Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo
Assessoria de
Imprensa
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