terça-feira, 18 de dezembro de 2012

PARTO HUMANIZADO: TODA MULHER TEM O DIREITO DE ESCOLHER O TIPO DE PARTO


PARTO HUMANIZADO

TODA MULHER TEM O DIREITO DE ESCOLHER O TIPO DE PARTO 

Durante a gestação, a mulher opta pelo tipo de parto que trará seu filho ao mundo, mas muitas delas não são conscientes desta escolha. O fazem por medo, pressão e até por ignorarem os benefícios do trabalho de parto no nascimento da criança.

O ginecologista e obstetra, defensor do parto humanizado (www.partosemmedo.com.br), Alberto Jorge Guimarães, diz que é possível a gestante ter o direito natural e básico de ser a dona do seu parto, permitindo que o pai participe ativa e diretamente deste momento tão especial. “Um nascimento com a menor necessidade possível de intervenções médicas ou farmacológicas, dando ao recém nascido uma experiência acolhedora neste período de transição”.

Dados do Ministério da Saúde apontam que, em 2010, o Brasil registrou mais cesarianas do que partos normais. Enquanto em 2009 o país alcançava uma proporção de 50% de partos cesáreos, em 2010, a taxa subiu para 52%. Na rede privada, o índice de partos cesáreos chega a 82% e na rede pública, 37%. 

"O que muita gente desconhece são as vantagens que um parto normal pode trazer ao bebê e a mãe", enfatiza Guimarães. Segundo ele, estudos comprovam que as chamadas “cesáreas eletivas” são as que representam maior risco. Nesse tipo de parto, a mãe agenda o dia do nascimento e o bebênasce sem que ela entre em trabalho de parto, o que pode causar problemas de saúde, principalmente respiratórios, na criança.  

 

Para o médico, no decorrer da história, o processo fisiológico do parto natural sempre foi visto como dolorido e sofrível, fazendo com que a mulher tivesse uma visão distorcida em relação ao nascimento. Embora todos saibam que a fisiologia do parto envolve uma experiência corporal intensa, é possível encará-la com prazer ealegria, desfazendo-se de mitos que deixam a cabeça da mulher em polvorosa. Claro que não é de uma hora para outra que a mulher vai deixar de ter medos, afinal, tratando-se do desconhecido, é natural que todo o processo faça com que ela sinta-se amedrontada, mas tudo fica bem mais difícil se a mulher não se informa e acata tudo o que ouve por aí”, explica. 

O defensor do parto humanizado relata que, a ocitocina – o hormônio que estimula as contrações do útero durante o parto e a expulsão – está presente na lactação, é responsável pelo ato sexual e é um dos grandesresponsáveis pela sensação de emoção que a mamãe sente ao pensar no seu bebê. Ela também auxilia na maturação pulmonar, grande conjunto químico de hormônios que produzem o leite.

Segundo ele, aquelas contrações que na hora parecem indesejáveis, estão só preparando o corpo para uma série de transformações que não culminam com o nascimento. Muitos hormônios liberados pela mãe e bebê durante o parto estão fortemente presentes na primeira hora de vida posterior ao nascimento, quando a mãe e filho se reconhecem, formando uma sinestesia perfeita, cada qual embebido em fluidos naturais que excitam sua capacidade de amar.  Isso mesmo: o "hormônio do amor" é até absorvido pelo bebê através da amamentação”.

Por fim, Dr. Alberto lembra de que é possível vivenciar este momento pelas vias naturais, permitindo que o corpo trabalhe de forma que a natureza o programou: certamente, uma sucessão de acontecimentos culminará na melhora da relação afetiva entre mãe e filho. Mas estes só acontecerão se a mãe estiver consciente de sua responsabilidade em todas estas ações. 

Para entrevistas com o médico Alberto Jorge Guimarães, entre em contato com Patrícia Ribeiro, no tels 11 8080-9495  / pribeiron@hotmail.com

 

Sobre a fonte:

Alberto Jorge de Sousa Guimarães é médico, ginecologista e obstetra pela Faculdade de Medicina em Teresópolis e mestre pela Escola Paulista de Medicina, UNIFESP. Defensor dos conceitos de Parto Humanizado, idealizado pelo médico francês Michel Odent, bem como as questões de proximidade mãe e filho apontados por Ashley Montagu e Frederic Laboyer. Guimarães começou a praticar no Brasil ideias inovadoras, sobre um novo modelo de assistência a parturiente, enfatizando o parto como um evento de máxima feminilidade, quando a mulher e bebê são os protagonistas. Um conceito de ambiente calmo e tranquilo, que com o amparo do pai, mãe e bebê vivenciam este momento de forma livre, espontânea e ativa.

Atualmente o médico vem difundindo uma proposta de reformulação dos protocolos de assistência à mulher, propondo um atendimento com menos intervenções farmacológicas e uma assistência mais humana no parto. Embasado por vários estudos científicos, Guimarães pratica com as pacientes o parto na água. Segundo ele, a água quente aliada a técnicas de respiração, pode proporcionar um parto com menos dor e uma passagem mais suave para o bebê que encontra um ambiente externo parecido com o experimentado durante nove meses na barriga da mãe. 

 

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